A um obstrutor da liberdade de expressão
Hoje é dia
mundial da liberdade de expressão. Por isso, fiz questão de trazer a lume o
caso de um indivíduo, oriundo da gentalha, que tem, nestes últimos meses, sido uma
obstrução à minha liberdade de escrita e da palavra.
É também para
mim um dia muito especial porque me trás à memória a lembrança de três dias de
cárcere pela temível e torcionária PIDE. Aprisionado por causa da minha ousadia
sindical, apenas com 17 anos. Hoje, não posso esquecer um caso mais recente
provocado por um actual peseudo-parodiante que teima em calar a minha voz
através da difamação e da mentira, estando a cometer o crime de obstruir a
minha liberdade de expressão. Trata-se de um falso parodiante, um mísero autor.
No fundo é alguém muito parecido com a figueira que dá frutos sem flor e alguns
frutos, nascidos nestas condições, tornam-se, por vezes, amargos e intragáveis.
Neste dia
mundial da liberdade de expressão, fica esse pseudo-parodiante, informado que a minha voz e a minha escrita ninguém
as cala. A minha voz e a minha escrita são como a toupeira: surgem aqui, voltam
a mergulhar debaixo da terra e surgem de novo mais além. Alega esse falso
parodiante ser membro da SPA (Sociedade Portuguesa de Autores). A SPA é uma
cooperativa de autores à qual pertenço desde o início dos anos noventa. Sou
também ex-membro da SACEM (Société d'Auteurs-Compositeurs et Editeurs de
Musique) desde os anos setenta. Ora, a tão nobre e distinta SPA tem nestes
últimos tempos sido investida por autores deste calibre animalesco, o que por
vezes pode dar azo a equívoco e a que as pessoas jocosamente interpretem as
letras SPA como Sociedade Protectora de Animais e não Sociedade Portuguesa de
Autores. Pelo meu lado não tenho qualquer equívoco, embora reconhecendo que
estes pseudo-autores são indignos de pertencer a tal instituição.
Dir-lhe-ei a
esse autor, de índole duvidosa, que tentar calar a voz de outrem, através do
crime da calúnia, da mentira e da difamação, é um acto irreflectido punível por
lei e que o tempo, a seu tempo, encarregar-se-á de lhe pedir contas.
Simplesmente para que saiba que num estado de direito as ofensas à liberdade de
expressão, com recurso à mentira, não
poderão jamais ficar impunes.
Em nome e a bem da liberdade de expressão de todos os
oprimidos!