Decididamente já não posso. Estou atónito, preocupado, aterrorizado pelo que leio. Comprei a Sábado. Estou-me nas tintas para o editor, seja ele de esquerda, de direita, do centro ou seja lá de onde for. Mas, desta vez, comprei-a. Parece que o nosso primeiro vai gastar mais de 4,1 milhões de euros num ano. Não, não é possível. Em tempos de crise? Mas este senhor não anda a brincar connosco?
Mas, permitam-me a inserção desta pequena história: certo dia no Alentejo, uma amigo perguntava à avó da esposa se ela sabia qual era a profissão dele e a resposta da velha octogenária não se fez esperar: - gastador, a tua profissão é gastador.
Ora aí está, o nosso primeiro tem como profissão gastador.
- Parece que em assessores, secretárias e outros colaboradores -ó senhor primeiro não há para aí um tachito para mim na colaboração- gasta 2,67 milhões de euros.
- Vinte motoristas nomeados nos últimos 12 meses para servirem em exclusivo o seu gabinete, é obra. Já agora aproveito: -um tachito de motorista também me serve.
- 448 carros para serviço exclusivo da Presidência do Conselho de Ministros, um dos últimos um Mercedes S 450 blindado, valor 134 mil euros, para transportar o fugitivo em tempos e pacato agora Durão Barroso durante a cimeira da(s) Nato(as).
- 139468 euros de gastos de telemóveis.
- etc., etc…
Depois fico a saber que neste país, onde se ganha menos que em Espanha, o nosso primeiro tem despesas de representação que o primeiro deles não tem, mais 17 000€ por ano.
O tão propagado modelo nórdico que o nosso primeiro tanto falou, no inicio dos seus mandatos, onde está? Numa recente reportagem, que visionei num canal de TV estrangeiro, fiquei a saber que o ministro da justiça na Noruega se desloca em autocarro para ir de sua casa para o seu gabinete, e vice-versa. Que quando convida pessoas tem 25€ por pessoa e se custar mais paga do seu bolso. Claro, estes exemplos de sobriedade não servem para este país latino, cheio de riquezas naturais. Por conseguinte, estamos a léguas de adoptarmos o modelo nórdico
Também fiquei a saber, há três anos atrás, que no mesmo país apenas 30% dos homens do governo são licenciados ou doutorados, o que não deixa de ser um paradoxo, quando sabemos que é um dos países mais bem geridos do mundo.
Desculpem, mas já não tenho paciência para continuar. O melhor é comprarem a revista "Sábado" e vejam lá todas as mordomias e os luxos extravagantes do senhor gastador.
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